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quarta-feira, 11 de julho de 2012

A História do GRIFO – Parte 2/3

OPA! Fundamentalismo!


As mudanças funcionaram ao menos para estancar as perdas e, aos poucos, os ajustes da planilha foram se afinando e os lucros começaram a aparecer com o mercado baixista que prosseguia. Quando aprendi a ganhar dinheiro na baixa, o Sr. Mercado decidiu que era a hora dos touros e a Bovespa fez nova inflexão e começou a subir.

Felizmente, demorou menos para calibrar o programa para a nova condição do mercado e finalmente o método começou a apresentar ganhos consistentes. O problema é que a grande alavancagem que tinha agora no meu método com as opções estava me levando à loucura. O GRIFO agora exigia um monitoramento constante e ações rápidas, o que nem sempre era possível. Trabalho numa grande empresa de engenharia e, durante o horário de expediente, só conseguia consultar o mercado rapidamente no almoço. Isso não era suficiente. O programa acertava, mas eu não conseguia acompanhar com as operações. Por vezes perdia muito dinheiro numa saída atrasada em relação à sinalização do GRIFO e noutras deixava de ganhar em entradas tardias.

Cada reunião que eu participava me comia os ganhos de uma operação ou me dava prejuízo. Meu método de investimento estava colidindo diretamente com meu trabalho e o vulto dos meus investimentos certamente não me permitiriam que eu preterisse meu emprego.

Já estávamos na segunda metade de 2010 e, desistindo do meu método, acabei entrando em uma OPA (Oferta Pública de Ações) que deixou meus investimentos bloqueados por um ano.

Neste ínterim, buscando um estilo de investimento mais saudável psicologicamente e compatível com o tempo que eu tinha disponível para o acompanhamento do mercado, comecei a estudar fortemente Análise Fundamentalista. Enquanto aguardava a liberação do meu capital, conheci o que pra mim foi o melhor livro de ações que já li (e olha que já li muitos): O Investidor Inteligente, de Benjamin Graham.

Depois de Graham, conheci um pouco de Kenneth Fisher, James P. O’Shaughnessy, Peter Lynch, Martin Zweig, Warren Buffett e até Joel Greenblatt com sua pitoresca “Fórmula Mágica”. Com os conhecimentos adquiridos em AF, comecei a reconstruir o Método GRIFO para um método centrado em Valor, resumidamente: um método que rastreasse boas empresas que estavam sendo vendidas a preços baixos.

(continua...)

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